Mulheres lança campanha para fortalecer a ocupação feminina na política

O Ministério das Mulheres lançou neste mês a campanha “Mais Mulheres no Poder, Mais Democracia” com o objetivo de aumentar a presença feminina em espaços de poder e decisão no Brasil. Coordenada pela Assessoria Especial de Comunicação Social, a campanha busca conscientizar a população sobre a violência política que afeta especialmente mulheres negras, indígenas e LBTs.

De acordo com o ministério, a campanha incluirá a divulgação de diversos materiais informativos, como vídeos, cards para redes sociais, spots para rádio, reportagens especiais, folders, adesivos, cartazes e cartilhas. Esses materiais apresentarão dados sobre a sub-representatividade feminina na política e fornecerão orientações e canais de denúncia, como o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.

Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações do governo federal para promover maior participação das mulheres na política, considerada essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo é fomentar o debate sobre a presença feminina nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos partidos políticos, empresas, sindicatos, movimentos sociais, conselhos e associações, promovendo uma participação igualitária e diversificada.

A campanha é particularmente relevante com a proximidade das eleições municipais, vistas como cruciais para alcançar a igualdade de gênero no poder público e atender ao quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visa garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades de liderança em todos os níveis de decisão na vida política, econômica e pública.

Apesar de representarem 51,5% da população e 53% do eleitorado, as mulheres estão significativamente sub-representadas nos espaços de poder. Na Câmara dos Deputados, apenas 17,7% dos parlamentares são mulheres, e no Senado, elas ocupam 12,3% das cadeiras. A situação é ainda mais grave nos níveis estadual e municipal: nas eleições de 2020, 958 cidades não elegeram nenhuma vereadora, e mais de 1.800 cidades elegeram apenas uma.

Com esses índices, o Brasil ocupa o 146º lugar em participação feminina entre 193 países analisados pela União Interparlamentar (UIP). Diversos estudos indicam que mulheres em cargos de poder são melhores gestoras. A pesquisa “What Happens When a Woman Wins a Close Election? Evidence from Brazil”, de Fernanda Brollo e Ugo Troiano, revela que governos liderados por mulheres têm menores chances de corrupção em comparação aos liderados por homens.

Segundo o portal Gerenciamento Político, “quando as mulheres possuem maior representatividade política, mais recursos são investidos em saúde e educação, dois pilares centrais de um país preocupado com seu povo”. Essas evidências empíricas atestam a qualidade das gestões femininas frente às masculinas.

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